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O sentimento de desprezo

T.-Sou pedagoga,solteira,independente e tenho 33 anos.Trabalho com um professor que mexe com meu ego. Ele se aproximou jogando charme, um sorriso cativante e pouco depois me adicionou no facebook. Passamos a conversar pelo face durante algum tempo: desde julho / 2012 até meados de abril deste ano. a conversa virava a madrugada a ponto de desligarmos o computador às 3h da manhã, mas algo me chamou atenção: a quantidade de mulheres que tem no facebook  Muitas o convidam para sair, dizem que sentem saudade dele. Ele me chamou para sair no mês de abril / 2013. Saímos, conversamos e acabei esticando a noite com ele no motel. Depois desse dia,ele disse que a noite foi muito boa, mas que se arrependeu e pelo que percebeu brincou com os meus sentimentos.  De lá pra cá, ele me despreza. Fala quando quer, não me chama mais para bater papo no face, não responde as minhas mensagens, me ignora por completo. Parece que eu fiz um mal irreparável a ele. Não consigo entender esse tipo de comportam

Mitos e Verdades Sobre a Psicanálise

O paciente fala deitado no divã e o analista só escuta, sentado numa poltrona confortável. Clichê no cinema, a cena nem sempre é exatamente essa nos consultórios. Aqui, toda a verdade sobre o folclore que envolve essa relação tão delicada. Todas as terapias têm a mesma meta: lidar com a angústia e com o sofrimento, ajudando o paciente a ser mais feliz e a encontrar um sentido para a vida. Mas cada modalidade busca esses objetivos a sua maneira. Em alguns casos, a pessoa vai dramatizar e reviver situações pelas quais passou; em outros, vai tentar desatar nós desbloqueando tensões físicas. Na psicanálise, a fala é o fio condutor de um processo de autoconhecimento. Tudo começou com Freud, no início do século passado: ao receber pacientes que já tinham consultado todos os médicos de Viena, sem sucesso. Freud percebeu que o ato de falar, sendo ouvido por alguém, era terapêutico. Mais do que isso, esse discurso podia trazer à tona conflitos que estavam em outro lugar além da men

Pai X Filho

  C P.  Sou casada há 20 anos e tenho um filho de 13. Há pelo menos 2 anos a dinâmica familiar está bem complicada. Não sei se sou permissiva ou se meu estilo de educar é mais aberto do que o do meu marido, mas sinto que meu filho "joga" com o casal. Sei que no ano passado eu dei brecha para ele (filho) fazer o jogo, mas agora tenho tentado apoiar o meu marido para que o filho saiba que há regras, que os pais têm autoridade, etc.. Porém, o meu filho é muito questionador e um pouco egoísta, até porque é adolescente e filho único. E o meu marido tenta ser firme, mas muitas vezes é mais do que isso, beirando ao autoritarismo. Em resumo, a situação ficou tão ruim que o meu marido foi morar com a minha cunhada e só passa os finais de semana em casa. Só que, se por um lado a "pressão" melhorou, pois eles, de certa forma, disputavam a minha atenção, por outro lado, ficou mais pesado para mim que tenho que lidar com o meu filho praticamente sozinha no dia a dia. Agora,

A sordidez humana

A sordidez humana "Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós, que ri quando o outro cai na calçada?" Ando refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade. E vi que isso daria livros e mais livros: se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo. Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós (eu não consigo fazer isso, mas nem por essa razão sou santa), que ri quando o outro cai na calçada? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir? Ou se o outro é traído pela pessoa amada ainda aumenta o conto, exagera, e espalha isso aos quatro ventos –

O complexo de vítima

O complexo de vítima Autopiedade, incapacidade fantasiosa, cárcere auto imposto, castigo, culpa, lamentação, resignação e reclamação. E tudo isso como se tivesse arrastando correntes com pesos de chumbo por onde passa. Esse é o retrato daquele que carrega em si o complexo de vítima. Um perfil preocupante, justamente por fazer o indivíduo crer que não é capaz de ter a própria vida nas mãos.  Buscam então através das reclamações que alguém se compadeça e os ajudem a mudar a própria vida. Alguns até se compadecem e tentam, mas existem coisas que ninguém realmente pode fazer por nós. Outros tantos sentem pena, repulsa, desprezo e aversão. O que só aumenta a sensação de ser um “coitadinho” realmente. O coitadinho busca amor, atenção e um salvador, mostrando ao mundo o quanto sofre! Por trás de sua “coitadez”, com frequência se encontra alguém que se acredita muito especial por aguentar isso tudo e que muitas vezes não sai de relacionamentos tóxicos por achar que o outro não sobrevi