De modo geral, o ciúme é uma emoção comum. De tempos em tempos somos levados a experimentar esse sentimento no campo do que poderíamos chamar "normal". E por ser uma emoção comum, se torna difícil, em muitos casos, distinguir entre o normal e o patológico. Existem quatro tipos de ciumentos: o zeloso, o enciumado, o ciumento e o delirante, capaz de matar caso se sinta traído.
Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza freqüentemente se torna vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas ou francamente delirantes.
Depois das idéias de ciúme, o ciumento é compelido à verificação compulsória de suas dúvidas. Verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro, contrata detetives particulares. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida.
Os ciumentos estão em constante busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas mas, ainda que confirmada pelo companheiro, essa inquisição permanente traz mais dúvidas ainda ao invés de paz. Depois da capitulação, a confissão do companheiro nunca é suficientemente detalhada ou fidedigna e tudo volta à torturante inquisição anterior.
Como saber se o ciúme é normal ou doentio? O ciúme normal e transitório é baseado em fatos. O maior desejo seria preservar o relacionamento. No ciúme patológico há geralmente o desejo inconsciente da ameaça de um rival. Para algumas pessoas o ciúme é visto como zelo, sinal de amor ou valorização do parceiro; para outros é uma prova de insegurança e baixa auto-estima. Em ambos os casos existe uma gama de sofrimento para ambos os lados envolvidos.
Quando se trata do ciúme patológico é necessária uma intervenção profissional, porque além do sofrimento imposto a ambas as partes, existem muitos casos de mortes e tragédias familiares que apresentam como pano de fundo esta enfermidade.
Quanto mais intenso e menos controlável, maior o problema. Quanto maior a intensidade desse sentimento, mais estaremos ultrapassando os limites da normalidade, para, aos poucos, podermos ser devorados por uma obsessão capaz de destruir qualquer relacionamento.
Fonte Psiqweb
Por experiência própria, ouve atrás das portas, insinua que ligações telefônicas por engano são para você, e por ai vai sem parar, é muito difícil a convivência.É um conforto ler suas postagens.Abraços!
ResponderExcluirCiúme não é algo simples de ser controlado... gosto da visão psicanalítica desse sentimento, pois muitas vezes gostaríamos de controlá-lo, de não sentir e de não sofrer. A negação é a "tentativa" aparentemente menos nociva, mas não a mais eficaz. Admitir o que se sente não é fácil, ainda mais quando se trata de um assunto que envolve questões tão íntimas, que envolvem ego, confiança, valores, criação etc. O ideal é que a pessoa que vive isso hoje saiba que sentir ciúme é normal, o que não pode ocorrer é que a decorrência deixe a vida a dois cansativa, chata ou até mesmo insustentável. Se tira seu sossego procure ajuda psicológica! Um psicólogo pode te ajudar a administrar melhor seus sentimentos! ;)
ResponderExcluire quando o ciúme é baseado em fatos ? o que fazer?
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