Pular para o conteúdo principal

Abuso Sexual Infantil



Abuso Sexual Infantil 

Muitos pensam que abuso sexual infantil é ter uma relação sexual completa com uma criança, mas a definição é muito mais ampla. Podemos caracterizar como abuso : tocar a boca, genitais, bumbum, seios ou outras partes íntimas de uma criança com objetivo de satisfação dos desejos; forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o desejo sexual. Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual. Forçar ou encorajar a criança a se envolver em atividades sexuais com outras crianças ou adultos. Expor a criança a ato sexual ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual. Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filmagem ou dança, não importa se o material seja obsceno ou não.

O número de crianças e adolescentes abusados sexualmente no Brasil é cada vez maior, mas só uma minoria apresenta queixa. Isso se dá devido ao grande trauma psicológico acarretado e também porque muitas vezes o abusador mantém algum grau de parentesco com a vítima, quando não é o próprio pai ou padrasto, o que gera medo de retaliação. 

Os principais sinais que a criança pode mostrar e podem ser observados pelos pais, professores ou outro cuidador da criança são:

*Mudanças no comportamento como perda do apetite, pesadelos, medo de dormir, se afastar das atividades rotineiras. *Afastamento dos amigos. *Voltar a fazer xixi na cama. *Chupar o dedo. *Dificuldade de concentração na escola. *Medo de alguma pessoa, ou pânico de ser deixada em algum lugar ou com alguém. *Comportamento agressivo ou perturbador, delinquência, fuga de casa ou prostituição.*Comportamentos autoagressivos.*Irritação genital ou sangramento, inchaço, dor, coceira, cortes ou arranhões na área genital, vaginal ou anal.

Qual deve ser a postura dos pais? 

Em primeiro lugar, não entrar em pânico. Muitas vezes, os pais já até tinham algum “pressentimento” sobre determinada pessoa, mas não deram a devida atenção à sua percepção. A criança pode ter medo de contar aos pais ou familiares, pois muitas vezes o abusador faz ameaças a ela ou aos seus entes queridos. Se a criança conseguir contar aos pais, atenção! Acreditem, dificilmente uma criança inventa histórias dessa natureza. Conforte a criança. Explique que não foi culpa dela. A culpa é do abusador e ele fez algo muito errado. Deixe a criança saber que você sente pelo que aconteceu. Fale a ela que você vai fazer de tudo para que isso não aconteça novamente. Leve a criança e a família para um aconselhamento ou terapia.

Quais as principais sequelas do abuso sexual infantil:

*Confusão – A criança pode achar que é normal porque o abusador disse que é, mas é confuso por que ele também falou para não contar para ninguém.

*Culpa – Por não ter feito nada para parar o abuso; porque pode ter sentido alguma sensação boa; por ter recebido algo especial por fazer aquilo; porque acha que fez algo para que o abuso acontecesse; porque acha que é tão má que mereceu o abuso.

*Medo – De ter sofrido um dano físico irreparável; de ser descoberto pelos outros; de que os outros, ao olhar para ela saberão que foi abusada por ser má.

*Raiva – Do abusador; de si mesma, por não parar o abuso, ou por ter gostado; do pai/mãe que não a protegeu de ser abusada; pode parecer uma criança passiva e submissa, mas está explodindo por dentro; pode descarregar sua raiva maltratando animais ou crianças menores

*Perda da confiança – Nos pais; nos adultos.

Se isso aconteceu com alguma criança que você conhece, busque ajuda especializada. Leigos no assunto com frequência machucam mais do que ajudam.

Fonte: Cláudia Bruscagin

Comentários

  1. As marcas são pro resto da vida, se não na memória, com certeza em suas atitudes e escolhas afetivas ao longo da vida!

    ( muito boa a sua explanação sobre o assunto, bem como a forma de ajuda... )

    Bj
    Helô

    ResponderExcluir
  2. BASTANTE ESCLARECEDORA , ÓTIMA.

    ResponderExcluir
  3. E a saída(Cura),para estes sentimentos?Quando anos de medicamentos e psicólogos não apresentam resultados?

    ResponderExcluir
  4. Finalmente, o assunto que eu tanto esperava!!! A família toda sofre, as crianças então nem se fale. As marcas são feridas sempre abertas. Pois todos os dias é o que vemos nos jornais e mídias. Uma "LEI SEVERA" as crianças pedem socorro. Os pais se culpam, as mães sofrem até a hora da morte!!! Esperei muito...compartilhado na minha página!!! Família provavelmente em pé de guerra literalmente. Por favor, Dra. publique mais vezes sobre o assunto citado. Ajude-nos a conduzir o resto de nossas vidas!!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESSOAS TÓXICAS - CUIDADO!

Muitos dos problemas de autoestima que afetam milhares de jovens e adultos nada têm a ver com doenças de carater emocional ou psicológico, (embora possam vir a se tornar um problema desse genero), mas a sua genese está nas pessoas tóxicas que permitem que interfiram e permaneçam na sua vida. Estas pessoas têm a capacidade de despertar o pior que há em nós e até de nos fazer acreditar que somos frageis, instáveis, incapazes de tomar decisões sem o seu parecer, incapazes de nos relacionar com o próximo e de sermos independentes. Por norma, as pessoas tóxicas procuram controlar os outros através do abuso emocional. Levam os que lhes são próximos- através das críticas constantes- a crer que algo terrível lhes acontecerá se algum dia se desprenderem deles. Incapazes de fazer um elogio, dão ares de conhecer grandes segredos a respeito das outras pessoas, de saber coisas que mais ninguém sabe, tudo para os certificar que a terra para de girar se eles assim o desejarem. Muitas pessoas ...

Relações de pingue-pongue

Existem pessoas que possuem uma tal incapacidade para resolver a sua vida afetiva, que mantêm relações “penduradas” durante semanas, meses ou anos. As coisas processam-se mais ou menos assim: nenhuma relação é formalmente terminada, em vez disso “dá-se um tempo”, ou surge uma briga que provoca o afastamento. Os dias vão passando e, face ao silêncio, um decide enviar um “pingue” para ver se o outro responde com um “pongue”, e a relação restabelece-se ! Não é uma comunicação normal sem subterfúgios. Não é dito diretamente que tem vontade de rever o outro, porque na realidade não é bem disso que se trata. O que motiva a reaproximação não é propriamente o afeto, mas algo mais sutil do tipo “vamos ver qual é o impacto que ainda tenho em você”. Aproxima-se mais da tentativa de testar qual o poder que ainda pode exercer sobre o(a) ex-amante, se ele(a) ainda pensa nele(a), se está disponível para que tudo volte ao mesmo. As estratégias são do mais variado que há. Ligar para saber uma informaç...

CODEPENDÊNCIA E RELACIONAMENTO PATOLÓGICO

  Codependência é caracterizada quando um parceiro se doa em excesso ao outro em uma relação disfuncional e desequilibrada.  Namoro / Casamento abusivo: quando o amor dá lugar à obsessão e violência Considerado patológico, esse tipo de relacionamento pode mascarar problemas psicológicos ou emocionais originados na infância ou adolescência.  Dentre as principais características do codependente está o hábito de atuar como cuidador ou salvador do outro, aceitar justificativas falsas, mentiras, enganos, negligência e até a violação de acordos para manter o relacionamento. Apesar de o senso comum remeter a codependência ao namoro ou casamento, ele pode acontecer em diversos tipos de relacionamento: entre pais e filhos, irmãos, familiares, amigos e até entre chefes e funcionários. As pessoas carentes, que se sacrificam pelos outros, que têm dificuldade de ficar só, que sofrem com problemas sexuais, que são ansiosas ou costumam engolir os próprios sentimentos e emoções s...