R.- TENHO 54 ANOS ..SOU CASADA, TENHO DOIS FILHOS ADULTOS ...PARECE QUE ESTÁ TUDO PERFEITO, MAS ESTOU VIVENDO UMA SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL.MEU MARIDO EM NOVEMBRO DE 2011 COLOCOU 2 STENTS NAS ARTÉRIAS DO CORAÇÃO, APOS O PERIODO DE RECUPERAÇÃO PENSEI QUE ELE VOLTARIA TER UMA VIDA CONJUGAL INTIMA NORMAL,MAS NÃO ACONTECEU. ELE NUNCA MAIS ME PROCUROU PARA FAZER SEXO. ANTES DESSE PROCEDIMENTO ELE JÁ ESTAVA DEVAGAR E QUASE PARANDO.EU NÃO ME SINTO IMPORTANTE NESSA PARTE PARA ELE. EU ME RENOVO NA MINHA APARENCIA FISICA MAS O MEU INTERIOR ESTÁ LA EMBAIXO.TENHO UM PENSAMENTO MUITO PURITANO, NÃO PENSO PROCURAR SATISFAÇÃO COM OUTRO PARCEIRO, EU O AMO, É UM ÓTIMO MARIDO E UM ÓTIMO PAI... DENTRO DE MIM TEM UMA GRANDE CONFUSÃO SINTO NECESSIDADE DE EXTRAVASAR ESSAS ENERGIAS ...VOCE PODE ME AJUDAR ?...
OBS : ELE TOMA SERTRALINA DE 25MG HÁ MUITO TEMPO...SERÁ QUE ISSO É A CAUSA?
Resposta:
Antes de responder, quero te dizer que o seu e mail em capslock chegou aqui como um grito de socorro...
Casais que fazem do sexo o principal suporte da relação não dá para acreditar que consigam um casamento sólido. O sexo tem que estar junto a outros aspectos importantes: o companheirismo, os sonhos, projetos em comum, o processo de criação dos filhos, as afinidades. Enfim, tem muitos aspectos a dois que são tão importantes quanto o sexo.
Casamento sem sexo -em alguns casos- até que funciona, mas, como no seu caso, um dos dois ( ou os dois?) está infeliz porque se sente insatisfeito e rejeitado, a primeira providência é conversar, a segunda é conversar ainda mais, e a terceira é ir ao médico para descartar problemas físicos - ou efeitos adversos da medicação antidepressiva.
A maioria dos casais não gosta de 'discutir a relação', porque mexer na situação é, no mínimo, desgastante. Mas se não gostam de discutir a relação, não vão ter relação. Só amor não basta. O amor tem alguma coisa de espontânea, de subjetiva, mas ele é também, e mais que tudo, um processo de construção da intimidade do casal. De mão de obra aplicada e constante.
Vá à luta! Convide amorosamente seu parceiro para conversar, exponha seu lado sem acusações, fale como se sente, pergunte como ele vê a situação, como ele se sente, e escute de verdade o que ele tem para dizer. Caso nada disso funcione, procure a ajuda de um terapeuta de casais( psicólogo ou psicanalista) que por ser tecnicamente equipado para "ler" a situação, também é neutro e apto para uma avaliação isenta. Muitas vezes algumas poucas sessões já abrem um caminho. Abraço
Aglair Grein- Psicanalista
Li o post e me deu até um aperto no peito pois pensava que só eu vivia uma situação parecida, tenho 38 anos e meu marido tem problemas de diabetes tenho tido muita paciência, mas não há amor e paciência que supere esse tipo de problema quando a outra parte não quer conversar e não quer se ajudar e pior ainda joga a culpa e a frustração que sente em cima da doença e das pessoas que estão ao redor.
ResponderExcluirmuito difícil também nem sei o que dizer A amiga apenas conversar se ele aceitar e procurar uma solução pois sempre há uma maneira de equilibrar a situação.
Não tá na hora das pessoas aceitarem, também, que amor pode não ser pra sempre? Amor também morre. Pra muitos é difícil de aceitar isto e levam o "até que a morte os separem " como um fantasma sussurrante determinando um relacionamento pouco construtivo, com dores, culpas e falta de ânimo. Até que a morte os separem é uma imposição, uma obrigação de acertos de papéis para que dependentes não ficassem à mingua. A família é importante, mas ela não é jogada às traças por não ter mais seu papel forçado dentro de casa.
ResponderExcluirO sexo é um dos pilares do casamento, sustentando a relação com as outras três colunas - admiração, cumplicidade e bom humor, não necessariamente nessa ordem. Logo, o casamento sem sexo deixa um lado da construção desequilibrado, sem chão, com grande risco de desabar por deficiência estrutural.
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